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Vi-te. Vi-vos. Dois dias seguidos, na rotina a que nos habituaste. Vinham de mãos dadas. Assim que me viste o teu semblante mudou. Já não sorrias. Porque razão agora deixas de sorrir quando me vês quando há uns meses eu era o motivo desse teu sorriso? 

Apaixonaste-te por outra pessoa e não faz mal. Mas eu merecia mais, sabes? Merecia o respeito pela nossa amizade. Porque no fundo e antes de tudo o resto fomos amigos, cúmplices, parceiros. Ou pelo menos eu achava que sim.

E por muito que aches que te odeio, que te desejo mal, que quero ver-te infeliz, isso não é verdade. Não gosto de te ver chateado só porque eu existo. Afinal eu não sou nada nessa imensão de coisas que agora vives. Eu nunca fui nada. Nunca te fiz mal, nunca te enganei, nunca te prejudiquei. Se alguém tem o direito de deixar de sorrir quando tu chegas, esse alguém sou eu. E não o faço. Porque quero que sejas feliz, porque a tua namorada não tem culpa, porque estares mal não me torna mais feliz.

Se me lês (se é que algum dia tiveste ou terás curiosidade em ver se falo de ti), eu quero que sejas feliz. Não, não te quero mais na minha vida. Nem como namorado, nem como amigo, nem como conhecido. Não quero nada teu! Mas deves-me pelo menos a tentativa de seres mais feliz do que eras comigo. Só assim eu compreenderei.

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