Achas que é amor?

Tira-me o fôlego. Abraça-me. Guarda-me no peito. Embala-me no teu colo. Regresso ao nosso local secreto, rodeada de juras de um amor que não foi eterno mas que deixa saudades. Um amor que existiu e que me fez feliz. Fez-nos felizes.
Sim, olho para outros homens mas quando permito alguma aproximação, são os teus olhos que vejo. O teu sorriso. A tua voz. Fundi-me a ti e não consigo apagar tudo o que sinto. Que não sei bem o que é. Não sei se é amor, paixão, comodismo. Não sei se é uma fusão de tudo isso.
Pensei que contigo aprenderia a pertencer a alguém. Porque sempre fui desligada e sempre quis o meu espaço, nunca deixei que ninguém me toldasse a racionalidade e, portanto, nunca me permiti amar incondicionalmente alguém. Até que te conheci, João. Pela primeira vez conheci alguém que me fizesse agir antes de pensar, que me fizesse esquecer tudo o resto à excepção de nós os dois.
Achas que isto é amor? Sentir a tua falta em todos os instantes, recordar os teus beijos, os teus braços a rodearem-me quando dormimos, recordar o teu riso, recordar todos os teus defeitos. É amor? Se isto é amor, então eu amo-te. 
Hoje é só o que me resta desta história, um amor não correspondido e que não consigo apagar.

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