IDIOTA!

É incrível como me toldas os pensamentos. Preciso de concentração para escrever a tese, para pesquisar, para resumir, para traduzir. Contudo, continuo com a página em branco. Sem conseguir pensar em nada excepto em ti. No teu sorriso, nas tuas palavras. Porque tenho medo de que se dissipe tudo o que me disseste este sábado. E tenho a cabeça completamente baralhada e ansiosa. Só a pensar em ti, por ti. A imaginar um Nós, que espero que nasça. Sei que tenho tanto para fazer mas olho para estes dados, ficheiros, artigos e fico parada. Perdi a capacidade de focar-me no meu trabalho. Tenho análises para fazer e soluções a preparar. Mas nem isso hoje me apetece fazer. Mas faço. Sei as minhas obrigações e competências. Sempre consegui separar a vida profissional da pessoal. Hoje é que te trouxe comigo para cá, quando devias ter ficado em casa. E irrita-me estar aqui e não conseguir escrever nada de proveitoso. Logo eu, que nunca tive dificuldade de estruturar um texto. Falta-me o vocabulário e um fio-condutor de ideias. Porra. Tenho de expulsar-te aqui do gabinete mas tenho medo de te mandar embora. Estou apaixonada e só agora me dou conta. Tenho medo de sentir tudo isto que me fazes sentir. Eu, Rita, tenho medo de estar apaixonada por ti. Ridículo. Mas verdade.

Deixa-me trabalhar, se faz favor. Faz-me esquecer do teu abraço, do teu corpo, do teu cheiro. Faz-me esquecer o teu sorriso, que dá vida ao meu. Mas só até às 18h. Agora só preciso da Rita séria e racional.


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