A tua porta não se fechou*

O dia de ontem não foi fácil. Não só pela tua ausência. É mais pela tua marcada presença em todo o lado. E olha que, ainda assim, estou longe. Mas bastou ir ao Facebook, coisa que não fazia há algum tempo. Fotos, vídeos, homenagens. Ainda bem que assim é. Aposto que aquela Pedra está cheia de flores. Tenho a certeza. Afinal sempre fizeste 20 anos. Não é por isso. Faças 20 ou faças que idade for. Não é possível abstrair-nos de ti e de tudo o que significas para todos nós.

Sei que não preciso dizer nada à tua irmã. Muito menos à tua Mãe. (E que grande Mãe a tua). 
Elas sabem que não me esqueço. Elas sabem que não preciso de fazer esse género de homenagem. Onde quer que estejas, espero que saibas que falo em ti quase todos os dias. E quando não falo, escrevo. E quando não escrevo, penso. Farás sempre parte de mim. De quem sou. De alguma forma (de tantas formas), moldaste-me. Portanto, superar-te não é uma ambição minha. Não quero aprender a viver sem ti. Estarás sempre comigo. Mas vou aprender a viver acima da perda. E lembrar-me que, antes de te perder, conheci-te.
Hoje, esta é uma das minhas grandes certezas. Que me sinto grata por teres existido e por ter-te conhecido. Por teres sido precisamente quem foste. Quem és.
Obrigada, meu puto 


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