Era assim que eu te via.
Era assim que eu te via. Quando te reformaste e começaste a ter tempo de qualidade para a família e amigos, a beber o teu copinho, a ir jogar às cartas, a tratar dos pombos, dos cães, da horta. Era assim que eu te imaginava agora, com 80 anos, a usufruir dos frutos de uma vida de trabalho ingrato. A rir, a ver tv, a chorar a rir com o Mr Bean, a conduzir, a ir às compras, a cuidar da Avó. Era assim que eu te imaginava, velhinho mas com o mínimo de saúde, com a tua identidade sempre tão bem definida. Imaginava-te a ir com a Avó aos passeios da Associação de Séniores, a ir aos bailes, à praia. Nunca imaginei que a vida fosse tão ingrata para vocês, que me deram tudo. Que me tornaram quem sou. Que me ajudaram sempre e amaram tal como sou!
Era assim que eu te via, a seres tu como mais ninguém sabe ser.
Essas lembranças irão sempre estar presentes.
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